Um argumento recorrente para induzir você a investir em fundos de investimentos imobiliários é a redução do risco de vacância.
Se você não sabe o que é o risco de vacância, traduzo: é o risco de o imóvel permanecer desocupado por muito tempo e você ter que arcar com todos os custos embutidos neste período, como IPTU, condomínio, manutenção, etc.
É verdade, quando você investe diretamente em um imóvel, você corre o risco de ficar sem inquilino e ter que arcar com as despesas durante um tempo do seu bolso.
No entanto, os fundos não estão isentos desse risco. Eventualmente, se o fundo tem uma boa pulverização de inquilinos, você pode não sentir a vacância, mas ela estará ali, refletida na redução dos seus rendimentos mensais.
Alguns Sustos no Mercado de Fundos
A vacância fica mais clara em um fundo quando há uma concentração maior em poucos inquilinos.
É o exemplo do FMOF11 (Memorial Office), que em 2010 deu um susto nos cotistas quando informou que a locatária de 23 de 24 andares havia desistido da locação de 9 andares e iria devolver as unidades. A cota acabou caindo mais de 15%.
Outro exemplo foi o ALMI11B – Edifício Torre Almirante, que tinha a Petrobras como única inquilina e despencou mais de 40% com a notificação de rescisão contratual, após divulgação de possível esquema de propina na contratação do aluguel pela operação Lava Jato.
Enfim, o risco de vacância sempre existirá quando você estiver investindo no mercado imobiliário para renda, seja diretamente, ou via fundo.
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