Nova Queda da SELIC

O Comitê de Política Monetária do Banco Central, conhecido como COPOM, anunciou, nessa quarta-feira, dia 05 de agosto, um novo corte na taxa básica de juros, a SELIC, derrubando a taxa para sua mínima histórica, em 2% ao ano.

Como a queda da SELIC afeta seus investimentos?

No momento, a nova baixa, de 2,25% para 2% ao ano, não altera o cenário econômico de forma significativa.

Segundo as expectativas do mercado, a taxa ainda tem um espaço, embora pequeno, para um novo corte, devendo finalizar 2020 entre 1,88% e 2,00% ao ano.

Nesse momento, investidores mais concentrados em renda fixa e que dependiam dos rendimentos dessas aplicações para seus custos de vida mensais, estão sentindo a mudança, já tendo observado uma queda de cerca de mais de 60,87% em seus rendimentos mensais, desde setembro de 2019.

Tal mudança tem estimulado muitos investidores e aplicadores a buscarem aplicações com maior risco e rentabilidade que as aplicações tradicionais. 

Cuidados e dicas para lidar com o momento de juros baixos

O momento requer cautela para a maioria dos investidores, pois o rendimento da renda fixa mudou, mas o perfil das pessoas não mudou na mesma velocidade.

Muitos investidores que, nesse momento, estão partindo para o risco e possuem um perfil mais conservador ou moderado, poderão sentir o incômodo de uma migração de aplicações mal avaliada logo à frente.

Uma forma de preparar essa migração, além de ter clareza de seus objetivos financeiros, é educar sua disposição ao risco.

A medida que o investidor entende melhor as opções no mercado e seu funcionamento, ele aumenta sua disposição ao risco, sem dores de cabeça no futuro.

Nesse sentido, a educação financeira ainda é o melhor comprimido contra dores de cabeça para quem deseja migrar para aplicações e investimentos de maior risco.

Ainda, os grandes investidores que estavam acostumados a viver de seus rendimentos em renda fixa, estando sob uma pressão maior com essa mudança, passarão a se qualificar mais e estimular o crescimento da economia.

Um recurso que antes iria majoritariamente para financiar as atividades do Governo Federal via Tesouro Direto, ou operações bancárias via DI e poupança, encontrará a economia real, com investimento em imóveis, negócios, crédito e start ups.

Nada diferente de como já funciona em países mais desenvolvidos e com taxas de juro historicamente baixas, esse é o novo Brasil.

Fique Atento

Embora o caminho lógico para busca de maior rentabilidade seja a migração para aplicações de maior risco, o investidor que está saindo da renda fixa para investimentos mais ousados, pode ser contemplado com maior segurança.

Isso pode ser feito de duas formas, uma buscando investimentos e aplicações com lastro na economia real, como os investimentos de financiamento à construções, LCIs, CRIs, Fundos de Investimentos Imobiliários, CDBs vinculados à obras, entre outros.

Outro pilar importante para migrar com seguraça, é buscar alternativas cujos rendimentos apresentem também a correção pela inflação, normalmente vinculados ao IPCA.

É o caso de alguns tipos de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e operações de CDBs vinculados, que vem ganhando espaço em plataformas de captação de recursos para empreendimentos imobiliários.

Chamamos atenção especialmente para essa questão da inflação, que embora esteja em patamares historicamente baixos, pode retomar com força mais a frente se o estímulo das taxas de juro baixo forem excessivos.

Extra: Como funcionam os movimentos da SELIC?

O objetivo do Banco Central, é controlar a inflação e executar a política monetária (valorização da moeda e quantidade de dinheiro em circulação), definida segunda as leis e diretrizes criadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que tem como presidente o Ministro da Economia, atualmente na figura do Paulo Guedes.

O CMN define as metas da inflação para o Brasil. É daí que vem aquela conversa de centro da meta, desvios do centro, etc, que nesse ano está em 4% (centro da meta).

A partir dessa definição, o COPOM, composto por 8 diretores do Banco Central, avalia se é necessário fazer algum movimento para que a inflação convirja com a meta.

Se a inflação estiver muito alta, ou seja, acima da meta, o COPOM aumenta a SELIC e retira estímulo, pois com o juro mais alto, reduz a oferta de crédito e dinheiro em circulação .

Se a inflação estiver muito baixa, ou seja, abaixo da meta, o COPOM baixa a SELIC e provoca mais estímulo, pois com o juro mais baixo, existe maior oferta de crédito e dinheiro em circulação.

A forma que o Banco Central tem de influenciar na taxa de juros praticada no mercado, é através da compra e venda de títulos públicos. 

Quando vende os títulos públicos, coloca o dinheiro “no cofre” do Banco Central, tirando dinheiro de circulação, e quando compra títulos públicos, o faz injetando dinheiro nos cofres dos bancos, causando um estímulo aos mesmos a emprestarem dinheiro.

Isso funciona, pois os bancos precisam dos títulos públicos como garantia em muitas operações de empréstimo entre eles, os quais geram a famosa taxa do CDI (certificado de depósitos interbancários).

Enfim, esse é o jogo da política monetária, o Banco Central possui algumas outras ferramentas para ajudar nesse jogo, como os depósitos compulsórios e a taxa de redesconto, mas que não vem ao caso nesse artigo.

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