Talvez a frase mais icônica do universo filosófico seja: “Conhece-te a ti mesmo”. Ela já foi atribuída a diversas personalidades ao longo da história e possui várias variações. Apesar de uma afirmação simples em termos gramaticais, a frase representa uma das maiores verdades do ser humano. Somos os únicos animais com a capacidade de “self”, ou seja, questionarmos a nós mesmos. “Quem somos?”, “Para onde vamos?” ou ainda “Porque estou aqui?”.
Estes são questionamentos que inconscientemente passam pelos nossos pensamentos sem darmos a devida atenção, uma vez que estamos diariamente ocupados com compromissos e atividades da vida social. Sem dar atenção a estas perguntas, acabamos por muitas vezes nos sentindo sozinhos, desamparados, frustrados, deprimidos, perdidos ou ansiosos, sem saber qual o próximo passo a seguir em nossa vida.
A questão é: Não há como sabermos para onde iremos, se não sabemos onde estamos. Não há como saber o que queremos ser lá na frente sem pararmos e identificarmos o que somos no aqui e no agora.
Dar atenção, refletir e responder a estes questionamentos sobre nós mesmos nos leva ao que chamamos de autoconhecimento. Ele é um convite que está a nossa disposição 24 horas por dia e nos acompanha do momento em que nascemos até o dia da nossa morte. Mas, de que adianta termos esse convite, se passamos a vida sem dar atenção a ele, ou pior ainda, recusando este convite?
No momento em que damos atenção e respondemos às questões que permeiam nossos pensamentos mais íntimos, começamos aos poucos encontrar alguns nortes, eliminar alguns medos e inseguranças , e começamos aos poucos a traçar diretrizes para a nossa caminhada. Imagine você abrindo um aplicativo de mobilidade urbana como o Uber, por exemplo. A primeira pergunta é “Para onde vamos?”. Mas ele não consegue calcular a melhor rota se não informarmos onde estamos. No momento em que informamos onde estamos, com certeza, ele vai instantaneamente procurar o melhor caminho para chegar no seu destino, com menos trânsito, menos risco, e o mais breve possível. Mas para isso, precisamos saber primeiro onde estamos.
Com parâmetros e diretrizes para a nossa vida, conseguimos lidar com imprevistos mais facilmente, pois já refletimos sobre o que queremos, sobre onde queremos chegar, sobre o que é bom ou ruim para nossa vida e isso, apesar de tentarmos, não temos como responder através de outras pessoas. O autoconhecimento é um esforço mental exclusivo, pessoal e intransferível.
Ok, tudo muito bonito, mas na prática, como eu começo?
A ideia base do autoconhecimento é que você faça uma reflexão interna sobre sua vida, analisando seus comportamentos, hábitos, motivações, qualidades e limitações, se perguntando:
- O que me faz feliz?
- Qual a imagem que eu transmito para as pessoas?
- Quais os meus pontos fortes e fracos?
- Quais hábitos prejudicam o meu crescimento?
- Quais são os meus maiores desafios na vida pessoal e profissional?
- Quais são os meus sonhos?
- O que faz com que eu sinta vontade de levantar pela manhã?
- Que marca eu quero deixar no mundo?
Estas são questões iniciais que você deve refletir e responder de maneira pragmática, levando a sério, anotando para não esquecer, e atualizando sempre que achar necessário. Após estas reflexões, será mais fácil entender o que você precisa agora e onde quer chegar no futuro.
Ainda estamos no início do ano, uma época ideal para começar este tipo de reflexão. Um processo de autoconhecimento não se inicia sozinho e este início de ciclo é ideal para começarmos a “olhar para dentro” e entender todas estas questões, utilizando o início do ano como uma motivação, um hiato entre o que você é e o que você quer ser.
O primeiro passo para a busca da sua Felicidade Financeira é saber o que te faz feliz e o que te motiva a acordar todas as manhãs. Com isso definido será mais fácil realizar seus sonhos e os seus objetivos para 2023.